Você já parou para pensar...

na quantidade de propagandas e notícias que utilizam a imagem da criança? São inúmeros outdoors, revistas, propagandas de TV dos mais variados produtos e empresas que optam por divulgar as suas marcas e suas ideias trazendo como protagonista a criança. Pensando nessas e em outras questões é que resolvemos criar este blog, com o objetivo de compartilhar informações, ideias e curiosidades surgidas na Pesquisa "A criança na mídia nossa de cada dia: um estudo sobre consumo, publicidade e cultura infantil".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

o exagero pela busca da perfeição

O escritor Gilmar Marcílio, que contribui para o jornal caxiense Pioneiro, fez uma publicação em sua página on line "Mar de Ideias", sobre o exagero dos pais diante da aparência de seus filhos - a dita busca pela perfeirção.


O texto, postado por ele no dia 23 de novembro, segue abaixo:

Perfeição não é isso

Leio que a nova moda entre pais e mães zelosos é submeter seus filhos a cirurgias plásticas para a correção de pequenos defeitos: uma mancha na pele, orelhas proeminentes, remoção de sardas . Não pensem que essas intervenções acontecem na pré-adolescência. Lá pelos cinco ou seis anos as pobres vítimas já sofrem esse tipo de “abuso” por parte dos genitores.
Ok. Qual pai não sonha com um filho perfeito? Mas já estamos exagerando, por favor. E que poder de decisão tem uma criança nessa idade? Será que o que incomoda os adultos incomoda a eles também? Seria mais correto, sem dúvida, deixar que eles decidam por conta própria, na idade certa. Até porque os padrões estéticos variam muito de geração para geração. Pra mim isso só tem um nome: mutilação não consentida. Difícil não radiclaizar.
Histórias assim têm apavorado muitos psicólogos e psiquiatras de bom senso. Além de estar infligindo dores desnecessárias, alteram algumas partes do corpo que provavelmente não estão incomodando ninguém. Só aos obcecados pela beleza absoluta, um ideal absurdamente difícil de alcançar.
Sinceramente, não sei no que isso vai melhorar o futuro profissional ou afetivo das crianças. É claro que aqui devemos excetuar todos os casos de má formação congênita, de defeitos físicos mais graves que comprometam a saúde ou mesmo a inserção social. Nos demais casos, duvido que procedimentos como os descritos sejam um passaporte para a felicidade.
Portanto, invoquemos a velha e boa prudência. Qualquer precipitação pode ser fatal. Às vezes, literalmente.

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