Você já parou para pensar...

na quantidade de propagandas e notícias que utilizam a imagem da criança? São inúmeros outdoors, revistas, propagandas de TV dos mais variados produtos e empresas que optam por divulgar as suas marcas e suas ideias trazendo como protagonista a criança. Pensando nessas e em outras questões é que resolvemos criar este blog, com o objetivo de compartilhar informações, ideias e curiosidades surgidas na Pesquisa "A criança na mídia nossa de cada dia: um estudo sobre consumo, publicidade e cultura infantil".

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

bonecas reborn: crianças por aproximação



Uma menina de doze anos que se queixa: minha mãe não tem mais tanto tempo quanto tinha para mim. Mas, diferente das famílias comuns, Becky não foi deixada de lado por causa de um irmão mais novo, e sim, por um boneco.
A mãe dela, Ashleig Kirby se separou do marido e há seis meses comprou uma boneca Reborn, brinquedos que se assemelham muito a bebês reais. Ashleig acreditava que não conheceria outro homem com quem poderia ter tantos filhos quanto queria. Ela declarou que sentiu ligação mais forte com a chegada do brinquedo do que com o nascimento de Becky: Houve uma corrida imediata do amor. Com Becky, eu estava tão cansado após o nascimento e não me senti tão próxima a ela.


 O boneco, batizado Finlay, tem berço, roupas, cadeira para refeições, assento especial de carro e até tem troca contínua de fraldas - tratado como se fosse um bebê de verdade. Além do tempo dedicado ao boneco, ela vai ser "mãe" novamente. Em três meses uma nova boneca vai chegar na casa, desta vez um bebê mais velho e do sexo feminino, que se chamará Summer.

 A menina Becky admite que esconde seu "irmão" dos amiguinhos na escola, ela teme gozações por parte deles. "Eu acho estranha a obsessão dela. Acho assustador e não conseigo entender", disse a menina.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

comércio não para

O gerente e funcionários do restaurante fast-food em Chaddesden estão revoltados com o fato de terem de trabalhar no dia do natal. O McDonalds vai funcionar durante sete horas neste feriado, mas contra a vontade dos funcionários.
Os líderes de uma igreja local também se manifestaram a respeito da decisão do restaurante. "Eu estou triste que tenhamos chegado a este ponto na nossa sociedade, onde algo que quer dizer tão pouco significa tanto quanto o Natal. Isso mostra o contínuo declínio da cristandade", disse Wayne Stillwell.
Um dos funcionários declarou que, em sua opinião, algumas pessoas que prestam serviços essenciais têm de trabalhar no dia de Natal - mas que não sinte que os empregados de um fast-food devam estar na mesma situação.
 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

os limites do consumo

Quando se tem a primeira namorada é natural que se queira estar sempre com ela. Mas Luke aprendeu que o amor tem um preço - £ 912 para ser exato.
De acordo com o Jornal Daily Mail, o garoto Luke Armstrong, de 14 anos, gastou a quantia em apenas um mês de uso, aumentando a conta habitual de £28 para £900. A mãe dele diz que perdoa o acontecimento. "Lucas tem uma namorada e estava usando o telefone no meio da noite e na hora do almoço da escola para falar com ela. É muito bonitinho, mas quando vi a conta quase tive um ataque cardíaco. Eu acho que é chocante que empresas de telefonia não lhe deem um aviso quando você chega perto do limite de minutos.", disse ela.

Luke Armstrong e sua mãe Julie Muller


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

yoga para crianças

Elas têm energia de sobra. Por isso, uma aula de yoga  para criança parece uma tarefa impossível. Apesar disso, a prática se difunde cada vez mais entre os pequenos. “Adoro a postura da águia, porque ela tem força e equilíbrio”, diz Isabel Mendes, de apenas 7 anos. "Ela gosta muito também da saudação ao sol. Vive fazendo aqui em casa", conta a mãe, a jornalista Larissa Ribeiro que, em vão, tenta convencer a filha a voltar para a natação. “Ela já sabe nadar, mas achamos que precisa melhorar o estilo e pegar mais segurança. Mas ela não gosta, não tem jeito, só quer saber da yoga”.

A professora Carla Vollmer dá aulas para crianças de cinco a dez anos na Sauer Danças, no Rio de Janeiro.  “Eu quis dar aulas para crianças porque eu adoro trabalhar com crianças e vejo como os meus filhos (foto) curtem fazer yoga. Crianças nessa idade são muito abertas, é fácil ensiná-las sobre respiração e concentração, e quanto mais cedo temos contato com as possibilidades do nosso corpo e a capacidade de sentir uma calma interior, mais centrados poderemos ser”, explica. Qual a idade para começar? “A partir de 5 anos eu acho que já dá pra ensinar algumas coisinhas. As meninas geralmente são um pouco mais calmas...”, explica Carla.

A yoga traz muitos benefícios. A professora enumera alguns: “a criança cria auto confiança à medida que vai aprendendo os ásanas dentro de um ambiente não competitivo. Elas entram em contato com a respiração e podem usá-la para encontrar mais calma em momentos difíceis ou de estresse. Procuro colocá-las em contato com as sensações do corpo para aprenderem a ter mais consciência das emoções quando elas afloram. E a maioria das crianças adora saber que tem a capacidade de fazer um sapo, uma tartaruga, o leão, e se divertem”, diz.
Seus filhos, de quatro e dois anos, praticam desde os dois. É que ela e o marido, o também professor Matthew Vollmer, respiram yoga. Mas não são apenas as posturas. O professor Fernando Rebelo Costa, que ensina na Escola Parque, ressalta a diversidade. "Além dos ásanas, existem práticas de mantra, cidadania, trabalho interno, meditação. Tudo isso faz parte da yoga como um grande conjunto. A yoga permite um autoconhecimento mais profundo e facilita atingir o potencial que cada um tem como ser humano", diz. Para ele, fundamental é individualizar a aula. "Cada criança tem seu próprio tempo. Também é preciso transfomar a aula em numa experiência  lúdica", explica.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

monitoramento da publicidade de produtos e serviços destinada a crianças

Os dados abaixo são resultados da pesquisa inédita “Monitoramento da publicidade de produtos e serviços destinada a crianças”, realizada entre 27 de setembro e 11 de outubro pelo Observatório de Mídia Regional da Universidade Federal do Espírito Santo em parceria com o Instituto Alana.

A empresa campeã foi a Mattel, com 50% de publicidade a mais que a segunda colocada, a fabricante Hasbro, que anunciou cerca de 6 mil vezes para crianças no período.

Embora as marcas de brinquedos tenham sido as mais anunciadas nos dias monitorados, o direcionamento de publicidade para o público menor de 12 anos não se limita a produtos infantis. O levantamento identificou que, entre todas as publicidades veiculadas no período, a criança foi alvo de 64% dos anúncios.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Na hora de comprar, a opinião das crianças influencia. E muito!

Aproximadamente 73% dos pais pedem a opinião dos filhos na hora de comprar um produto, seja ele um produto infantil ou não. 60% das crianças afirmaram, por exemplo, que os pais levam em conta seu ponto de vista na hora de comprar o carro da família.

De acordo com uma  pesquisa recente realizada pela Viacom a criança também influencia na tomada de decisões de onde a família costuma ir: para ir ao cinema, 66% das decisões são feitas de forma colaborativa e só metade dos pais afirmou escolher os restaurantes para os filhos. A internet e a tevê aparecem como principal fonte para pesquisar produtos. 82% das crianças declararam a internet como a principal fonte de pesquisa, seguida dos comercias de tevê, com 70%.

comercial provocativo

Comercial produzido e veiculado na Alemanha.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

POLUIÇÃO MENTAL

“Como lutar contra o fluxo incessante de logos, marcas, slogans e jingles que inundam nossas ruas, invadem nossas casas e aparecem nas nossas telas?” É com essa questão que Micah White, editor da revista Adbusters, começa sua coluna sobre a publicidade como forma de poluição mental. Para ele, o verdadeiro perigo na publicidade não são as mensagens individuais, mas sim o efeito produzido na nossa “ecologia mental” pelo grande volume de publicidade a que estamos expostos. “Pense nas consequências mentais a longo termo da exposição ao comercial da Nike, dezenas de vezes ao dia, desde seu nascimento até a morte”, exemplifica. Quais os possíveis danos a nossa psique?



Apoiado na teoria de Michel Serres, White explica que é necessário “parar de ver a publicidade como forma de comunicação comercializada e começar a vê-la como poluição”. De acordo com a teoria de Serres, os animais (humanos inclusive) usam a poluição para marcar e se apropriar de territórios, através da sua destruição – e nesse quesito estaria também a publicidade, considerada como poluição ‘soft’.

No final do seu artigo, White se junta a Serres em um apelo, pedindo a ação da sociedade contra a poluição mental e ambiental da publicidade. “A Terra está sendo dominada por corporações. Quer seja se apropriando do oceano com vazamentos de óleo ou se utilizando de espaços públicos com propagandas, corporações usam a poluição para roubar o que é nosso”, explica.
dados do Dia das Crianças 2010

bebês como adornos

A novidade nas campanhas de moda é a aprição de bebês para fortalecer a ideia da marca das campanhas em questão. Um exemplo é a capa da Vogue espanhola na edição de dezembro, onde a modelo Dree Hemingway aparece num look natural em tons de nude, segurando um bebezinho nu.

outros exemplos em edições da Vogue americana em 2010