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na quantidade de propagandas e notícias que utilizam a imagem da criança? São inúmeros outdoors, revistas, propagandas de TV dos mais variados produtos e empresas que optam por divulgar as suas marcas e suas ideias trazendo como protagonista a criança. Pensando nessas e em outras questões é que resolvemos criar este blog, com o objetivo de compartilhar informações, ideias e curiosidades surgidas na Pesquisa "A criança na mídia nossa de cada dia: um estudo sobre consumo, publicidade e cultura infantil".

terça-feira, 13 de março de 2012

Depressão na gravidez pode gerar bebês com problemas de crescimento

Exposição a antidepressivos pode afetar crescimento da cabeça e prejudicar o cérebro

Bebês nascidos de mães com depressão podem ter um crescimento lento, segundo uma pesquisa publicada na edição desta semana no periódico Archives of General Psychiatry. O estudo, conduzido no Hospital Erasmus MC – Sofia, na Holanda, ainda sugere que grávidas que tomam antidepressivos, e que portanto apresentam menos sintomas depressivos, aumentam o risco de o filho ter problemas de desenvolvimento cerebral.


As mulheres sofrem muitas variações de humor durante a gravidez, como stress, confusão, medo, tristeza e inclusive depressão. De acordo com a pesquisa, anteriormente acreditava-se que o uso de medicamentos antidepressivos por gestantes era seguro, mas os autores do novo estudo sugerem que isso pode ser questionável. Eles observaram que mulheres que tomam esses remédios, embora apresentem menos sintomas de depressão, aumentam o risco de seus bebês apresentaram crescimento da cabeça mais lento do que o normal, podendo prejudicar o desenvolvimento do cérebro. "Esses medicamentos podem atravessar a placenta e perturbar o equilíbrio da serotonina, um neurotransmissor importante para o crescimento do cérebro em desenvolvimento. Estudos anteriores feitos em animais já haviam demonstrado que essa perturbação pode provocar um efeito adverso sobre o desenvolvimento cerebral", afirma Hanan Marroun, que coordenou o estudo.
A pesquisa — Para chegar a essa conclusão, a equipe de Marroun avaliou 7.696 mulheres: 91,3% apresentavam pouco ou nenhum sintoma depressivo; 7,4% tinham sintomas depressivos clinicamente relevantes; e 1,3% fazia uso de antidepressivos. A cada três meses, as grávidas respondiam a um questionário e os médicos analisavam os bebês por meio de ultrassom.
Os resultados mostraram que as mulheres que não apresentavam sintomas de depressão tiveram os bebês que cresceram, tanto no corpo quanto na cabeça, mais rapidamente do que os filhos de mães com depressão. Além disso, os bebês das grávidas que faziam uso de antidepressivos eram os que tinham o crescimento da cabeça mais lento, embora o corpo e desenvolvesse em níveis normais. Segundo os pesquisadores, o lento crescimento da cabeça de um feto pode acarretar o lento desenvolvimento cerebral.
"O feto tem um mecanismo que assegura que o desenvolvimento cerebral não seja interrompido em condições adversas. Se, por exemplo, há falta de nutrição ou de oxigênio, a pele e o fígado são afetados por um lado, mas poupam o cérebro", afirma Marroun. "O fato de a exposição aos antidepressivos afetar o crescimento da cabeça e não do corpo todo significa que a substância é prejudicial especificamente ao desenvolvimento cerebral. Mais pesquisas são necessárias para que conheçamos os efeitos disso a longo prazo."

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